A Lemiscata Endiabrada

Três e vinte da manhã e nada do planejado sai como deveria. Sei que estou brincando com fogo, mas ainda acho que teria uma carreira promissora no circo. Ando nesta corrida de cão e gato por dias e nada parece me confortar, ou até conformar, com o que está por vir. Agarro o pouco de brio e força de vontade que ainda tenho em meu ser e resolvo fazer o que estive postergando pelos últimos 3 dias. Quando finalmente tenho acesso à tal coisa, me deparo com vários obstáculos que são suficientes para fazer com que toda minha disposição fosse desvanescida. Mas sou brasileira e não desisto nunca! Até hoje não entendo se isso é um elogio ou crítica, mas enfim... Sei do que sei e nada além disso. Talvez, um pouco menos do que isso. Mas sei que resolvi garimpar o pouco de consciência que ainda me restava naquele insólito momento, como se a recompensa por ser tão determinada em achar uma determinação fosse fazer de mim um ser mais valorado. Pela trigésima-terceira vez tentei ler a bendita lista de exercícios. Afinal, aquilo não poderia ser algo de outro mundo. Já provaram que o pseudo-ser humano fotografado em Marte, nada mais era que uma pedra. Ou não. Talvez fosse uma estátua. Mas isso não vem ao caso agora. Importante é a famigerada matemática. Sempre ela. Mesmo contra todos os meus instintos mais vicerais e racionais continuei a busca por respostas dos tais símbolos. "Duas cobrinhas com numerinhos e letrinhas tem que dar um numerozinho", pensei, naquele exato momento, utilizando toda a lógica que me foi ensinada nas aulas de filosofia, geometria e corte e costura. Sim, estava chegando a alguma conclusão. Eis que aparece algo forte o bastante para que me tirasse toda a concentração, empenho e alegria de estar dedicando-me à Ciência-Mor:

Sinceramente não sei o que me deu na cabeça de vir estudar exatas. Acho que o auto-flagelo já tinha virado muuuuuuuuuuuito pão-com-ovo e suco de caju.

0 comentários: