Leisure rants and the warm Savior


O vício, sempre o vício. Quando acho que me livrei de tudo isso, uma onda de abstinência me ataca e se não faço de sua vontade, lei, aprisiono-me em um estado catatônico e absurdo. E aqui estou outra vez, escrevendo sandices e "tontices" em uma linda tarde de outono. Horário bastante atípico para uma pensadora(!) noturna. Claro que isso não significa que esteja mais consciente de meus atos... Sempre nesse estado de sonolência aonde a sapiência nada mais é que uma ilusão. E talvez não esteja tão enganada assim...

Mas nem sei para que escrevo. Simplesmente sigo essa estrada percorrida pela minha mente para ver a que lugar chego. Mesmo com as moléstias do corpo não consigo me desligar dos defeitos da alma. Não serão umas dores de cabeça e das costas que me farão esquecer a falta de objetividade de meus dias e o excesso de tranqüilidade maquiada que exibo. Gostaria de ter uma força de vulcão e botar para fora todo o mal-formado e desinteressante que guardo a tanto tempo. E que a caixinha de Pandora siga seu destino. O que não suporto é ter essa força latente, mas que nunca chega a eclodir.

Sempre "com muito potencial". Nisso se resume minha vida. Cansei do reino do "pode ser". Penso em arrumar as malas, mas percebo que não sei o que levar. Tampouco sei aonde isso tem começo ou fim. Abrigo-me numa casa sem teto nem paredes e ainda assim tento me convencer de que estou segura. Mas me contento, pois até onde a sabedoria humana vai, não conseguimos distinguir e nem garantir o seguro sobre o não-seguro.

E o sol bate em minha janela, esquentando minha face e mãos. Um mundo todo interior em chamas gélidas nada mais é que um simples emaranhado de partículas, individualmente não necessário para que tudo isso funcione da maneira mais perfeita que poderia. Sinto-me fútil e agora entendo porque o escuro me cai tão bem.

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